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Visita Técnica na fábrica da Ajinomoto do Brasil - DAE

  • Publicado: Sexta, 31 de Maio de 2019, 08h07
  • Última atualização em Sexta, 31 de Maio de 2019, 15h10
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Os alunos do 3.º ano do curso técnico em química integrado ao ensino médio, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) Campus Capivari, participaram de visita técnica à fábrica da Ajinomoto do Brasil, em Limeira. A visita técnica ocorreu no dia 17 de maio, com 24 alunos. A visita teve a coordenação dos professores Mateus Nordi Esperança e Silvânia Mendes Moreschi, que ministram aulas de disciplinas técnicas voltadas à tecnologia industrial.

Na oportunidade da visita, os alunos assistiram à um vídeo institucional mostrando, entre outras coisas, o início da empresa pelo cientista japonês Dr. Kikunae Ikeda, que depois de conhecer os gostos ocidentais, reparou que existia uma qualidade de gosto não identificada, distinta dos quatro gostos básicos (doce, salgado, azedo e amargo) e que estava presente em alimentos apetitosos. Desta forma, identificou, no primeiro decênio do século passado, o quinto gosto chamado de umami e descobriu que esse gosto era devido ao glutamato, um sal presente em alimentos como o tomate, o queijo parmesão e o aspargo. O pesquisador constatou que, quando o glutamato estava ligado a proteínas, ele não apresentava o novo gosto, mas era notado quando estava em sua forma livre.

Inicialmente, o aditivo alimentar glutamato era fabricado mediante hidrólises de proteínas, em geral de cereais, porém tratava-se de um processo caro, demorado e complexo. Hoje, é produzido com mais de 99% de pureza por meio de fermentação, a partir do melaço de cana, com microrganismos que geram o glutamato livre. O glutamato monossódico foi aprovado ao longo do século 20 como aditivo alimentar, e avaliado internacionalmente por peritos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Também foi avaliado regionalmente por comitês da União Europeia e nacionalmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil, e pelo Food and Drugs Administration (FDA), nos Estados Unidos, além de ser aprovado pelo Codex Alimentarius, comissão criada em 1963 pela FAO e pela OMS para o desenvolvimento de normas alimentares internacionais. Pesquisas realizadas na Unicamp concluíram que o glutamato monossódico como aditivo alimentar é seguro, se utilizado no nível necessário para obter efeito tecnológico desejado[i].

Além de conhecer o processo de fabricação do glutamato monossódico, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer as instalações industriais de fabricação de temperos sólidos.

Durante a visita técnica, os alunos tiveram a oportunidade de relacionar conceitos teóricos com a realidade industrial, observando os processos de produção, a postura dos colaboradores, a logística interna da empresa nos mais diferentes setores produtivos, e assim relacionar o mundo acadêmico e o profissional e fortalecendo a formação técnica.

 [i] https://www.unicamp.br/unicamp/ju/535/livro-revela-aspectos-do-glutamato-monossodico

 

 

 

 

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