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Professora do IFSP defende doutorado sobre a comunidade negra do Batuque de Umbigada Paulista

  • Publicado: Sexta, 17 de Setembro de 2021, 18h01
  • Última atualização em Sexta, 17 de Setembro de 2021, 18h03
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A professora Lorena Faria, do Câmpus Capivari, desenvolveu nos últimos anos pesquisa de doutorado em Estudos Literários que será defendida na próxima segunda-feira, dia 20/09, às 14h, em homenagem à comunidade do Batuque de Umbigada Paulista e à mestra batuqueira Anicide Toledo, aniversariante do mês de setembro. Intitulada “Corpos e vozes de matripotência: a palavra cantada por Anicide Toledo no Batuque de Umbigada de Capivari-SP na cosmopercepção do mulherismo africana”, a tese foi realizada no âmbito da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

 

O trabalho aborda a trajetória de uma tradição secular do interior paulista – a umbigada ou caiumba, um ‘encontro celebrativo ancestral’ – e busca delinear um lugar de reexistência para a obra poética da mestra Anicide Toledo, primeira mulher cantora e compositora da manifestação cultural bantu presente em cidades como Tietê, Piracicaba, Capivari e Rio Claro. Anicide teve seu legado legitimado em 2018 como patrimônio imaterial do Estado de São Paulo e a data de seu aniversário, 06 de setembro, é considerada dia do Batuque de Umbigada pela Prefeitura de Capivari.

 

Lorena conta que o interesse em escrever sobre a memória ancestral do povo batuqueiro surgiu em 2016, quando a servidora coordenava um projeto de extensão no Câmpus Capivari em parceria com a comunidade do batuque na cidade, promovendo a interlocução entre mestres, mestras e estudantes do IFSP e atendendo à Lei 10.639/2003.

 

Membra do NEABI do IFSP, a professora ressalta que a pesquisa é um reconhecimento da importância das tradições africanas na formação da sociedade brasileira e dá visibilidade na academia para uma cultura muitas vezes estigmatizada por desconhecimento e preconceito. O trabalho também faz discussões inovadoras, a partir da perspectiva do mulherismo africana, debatido desde a década de 70 nos Estados Unidos, mas com discussões relativamente recentes no Brasil.

 

A pesquisa já gerou desdobramentos e parcerias com diferentes setores da sociedade civil e instituições públicas, como Secretarias de Cultura municipal e estadual e organizações culturais independentes. Por meio da aprovação de projetos em Editais ProAC, houve a construção de um ponto cultural na cidade de Capivari – o Quintal da Dona Marta;  o lançamento do curso online “Regando o Terreiro”, disponível no canal do Youtube do Quintal, em que Lorena ministra aulas sobre as modas do batuque e a mestra Anicide e ainda a produção de vídeo para o Circuito Sesc de Artes abordando a manifestação, lançado na página do Sesc Piracicaba nesta quinta-feira. Além disso, a pesquisadora aguarda aprovação de projeto para elaboração de cartilha educacional a respeito do Batuque de Umbigada para ser distribuída nas escolas públicas de Capivari.

 

A defesa da tese será transmitida ao vivo pelo link https://youtu.be/3JmlG37knOw, com início às 14h desta segunda-feira, dia 20/09/2021 

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