IFSP amplia acervo de obras relacionadas à cultura afro-brasileira e indígena
Por meio de uma parceria entre o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) e a Pró-reitoria de Ensino, o IFSP adquiriu quase três mil novos livros para os 37 câmpus, sendo dois exemplares de 39 títulos de literatura afro-brasileira e indígena para cada uma das unidades.
As obras atendem às leis n.º 10.639/2003 e 11.645/2008, que tornam obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira nas instituições de ensino, e foram adquiridas após levantamento do Neabi acerca do acervo bibliográfico sobre a história e a cultura africana, afro-brasileira e indígena nos câmpus do IFSP. O relatório apontou a existência de uma quantidade insuficiente de títulos de literatura indígena em todos os acervos da Instituição. O Núcleo, então, sugeriu à PRE a aquisição dos títulos.
Confira aqui os títulos disponíveis em todos os acervos das bibliotecas do IFSP. A busca dos títulos disponíveis nos câmpus também pode ser recuperada pelo sistema de gerenciamento de bibliotecas Pergamum. Para tanto, basta inserir no campo de busca a sigla “NEABI”, em seguida, apareceram as obras disponíveis relacionadas à temática étnico-racial de cada biblioteca.
Projeto AFROIF: Currículo, Pensamento Decolonial e Formação Docente
Em 2021, o Neabi, por meio do Projeto AFROIF, doou aos acervos institucionais nove títulos da “coleção feminismos plurais”, sendo dois exemplares para cada um dos câmpus.
Nesses últimos anos, os acervos bibliográficos do IFSP cresceram em quase 100 títulos relacionados à cultura afro-brasileira e indígena, resultantes de doações do Projeto AFROIF e de indicações do Neabi, além dos esforços dos bibliotecários, os quais, mesmo com os recursos reduzidos, adquiriram aproximadamente 3.500 exemplares. Essas aquisições, segundo o Neabi, significam um grande avanço relacionado à temática nos acervos das bibliotecas do IFSP.
Um dos títulos sugeridos pelo Núcleo traz a cronologia das obras de Carolina de Jesus, autora de Quarto do Despejo, a Casa de Alvenaria v.1 - Osasco e v.2 - Santana. Em “Casa de Alvenaria”, Carolina relata sua sonhada mudança da Favela do Canindé para uma casa de alvenaria. No entanto, a realidade que se apresenta nestes locais são hostis por ser uma mulher preta, mãe solo e ex-favelada. Em novembro de 2022, o membro do Neabi Michael Dias falou, no programa Amplifica, sobre a importância de enegrecer as bibliotecas a partir de Carolina Maria de Jesus. Assista aqui.
Também no Amplifica, bibliotecária Franciele Garcez falou sobre a importância de títulos de autores negros nos acervos das bibliotecas para fortalecer a temática. A palestra “O epistemicido do conhecimento negro no desenvolvimento de coleções: qual o papel do profissional bibliotecária?” pode ser acessada aqui.
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