Aluna do IFSP é premiada em evento científico internacional
Alexia Oliveira cursa Licenciatura em Física e se destacou em congresso de pesquisa em materiais
Fruto de uma dedicação de dois anos de trabalho, a pesquisa sobre radiação desenvolvida pela estudante do oitavo semestre da Licenciatura em Física do Câmpus São Paulo do IFSP, Alexia Oliveira, recebeu o prêmio Bernhard Gross de melhor apresentação oral dentro do simpósio Radiation Detectors, na 20ª edição do B-MRS Meeting, evento anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat ou B-MRS, na sigla em inglês).
Trata-se de um evento internacional que, neste ano, foi realizado em Foz do Iguaçu, no mês de setembro, e contou com mais de 1.100 participantes de 29 países e de todas as regiões do Brasil. Cerca de 1.200 trabalhos foram apresentados dentro de 22 simpósios temáticos.
O prêmio Bernhard Gross é uma distinção outorgada pela SBPMat a trabalhos apresentados por estudantes de graduação e pós-graduação durante o B-MRS Meeting, e que destaca o melhor oral e o melhor poster de cada simpósio. O nome do prêmio é uma homenagem a Bernhard Gross, um dos pioneiros da pesquisa em materiais no Brasil.
Os critérios avaliados para o prêmio são: grau de profundidade e originalidade da pesquisa; grau de compreensão por parte do candidato da pesquisa apresentada; qualidade da apresentação e qualidade do resumo da apresentação (que é o documento enviado à organização para se candidatar ao prêmio).
Alexia apresentou o trabalho “Thermoluminescence properties of alexandrite under beta, ultraviolet and X-ray irradiation”, relacionado ao projeto de pesquisa que ela participa sob a orientação do professor Neilo Trindade, do Instituto de Física da USP. Com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o trabalho foi redigido com a participação de diversos pesquisadores, estudantes e docentes, do IFSP e de outras instituições, como USP, Unesp e IFSULDEMINAS.
A estudante conta que esse foi o primeiro evento científico presencial em que participou, e se sente muito realizada em conquistar um prêmio pela apresentação oral em um encontro tão importante. “Acho que as pessoas nunca esperam ganhar o prêmio, por mais que elas desejem muito e reconheçam o valor do próprio trabalho, mas isso que faz o momento ser mais empolgante e ter mais emoção”, destaca Alexia.
Durante sua trajetória no IFSP, a estudante iniciou na área de pesquisa por meio da Iniciação Científica e participou de eventos de divulgação científica dentro da instituição. Ela também relata que “apesar de meu trabalho de pesquisa atual não estar atrelada com a licenciatura, me sinto empolgada por me formar futuramente como professora e poder contribuir para a educação também”. Aos finais de semana, Alexia dá aulas de Física em um cursinho voluntário e diz que se sente à vontade para poder ensinar e ter esse contato com os alunos.
Agora, Alexia tem planos em seguir na carreira acadêmica, com a intenção de cursar um mestrado na área de Física e seguir pesquisando. “Como uma mulher preta, pude ocupar um espaço que em sua maioria é ocupado por homens, e, acredito que com isso, posso inspirar muitas acadêmicas que visam a buscar seu espaço no meio científico e me motivar ainda mais a seguir esse caminho. Além de poder ter um trabalho notório e crescer nessa área, também quero ser a representatividade de alguém e fazer meu papel na Academia e para a ciência”.
Redes Sociais