DAE - Estudantes do Câmpus Capivari realizam visita técnica ao PETAR com foco em aprendizagem interdisciplinar e educação ambiental
Entre os dias 14 e 16 de novembro, estudantes do Câmpus Capivari participaram de uma visita técnica ao Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR), no Vale do Ribeira (SP). A atividade foi organizada pelo professor Carlos Fernando Barboza da Silva, em colaboração com os professores Roberto Bineli Muterle, Marcel Assis Roque e Felisberto Alves Ferreira Junior. Participaram discentes dos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS), Tecnologia em Processos Químicos, Licenciatura em Química, Técnico em Informática e Técnico em Alimentos.
A experiência combinou ecoturismo, investigação científica em campo e atividades esportivas, contribuindo para a formação integral dos estudantes. Ao longo do fim de semana, o grupo realizou expedições monitoradas em cavernas, trilhas em mata atlântica preservada, visitas a mirantes, rios, piscinas naturais e cachoeiras, em um ambiente de aprendizagem não formal que favorece a observação direta de processos naturais, cultura local e práticas de conservação.
Sobre o PETAR
Criado em 1958, o PETAR é uma das mais antigas unidades de conservação do estado de São Paulo. Localizado nos municípios de Iporanga e Apiaí, o parque abrange 35.102,8 hectares de Mata Atlântica, com rica biodiversidade e um dos mais importantes conjuntos espeleológicos do país, com aproximadamente 450 cavernas registradas. A região é reconhecida pela proteção de espécies de ampla distribuição territorial — como a onça-pintada e o mono-carvoeiro (muriqui), o maior primata das Américas —, além de abrigar cachoeiras, trilhas e comunidades tradicionais. O PETAR integra um patrimônio ambiental de referência, com reconhecimento internacional pelo valor paisagístico e científico.
Atividades desenvolvidas
- Expedições monitoradas a cavernas em núcleos do parque (com observação de espeleotemas como estalactites e estalagmites, e discussão sobre dinâmica de formação de cavernas em relevo cárstico).
- Trilhas interpretativas com ênfase em biodiversidade, intemperismo, formação de solos, ciclagem de nutrientes e serviços ecossistêmicos.
- Atividades culturais relacionadas às comunidades tradicionais do Vale do Ribeira, com reflexões sobre modos de vida, história local e conservação.
- Vivências esportivas em ambiente natural, com protocolos de segurança, orientação e prática responsável de visitação.
Aprendizagem interdisciplinar
A visita técnica foi planejada para aproximar teoria e prática, conectando conteúdos curriculares de diferentes cursos:
- Licenciatura em Química e Tecnologia em Processos Químicos:
- Observação in loco de mineralogia, processos de intemperismo e formação de solos.
- Discussão sobre química ambiental, qualidade da água, dinâmica de pH e condutividade em ambientes naturais.
- Relações entre processos geológicos e a formação de espeleotemas.
- Técnico em Alimentos:
- Boas práticas de manipulação de alimentos em campo, conservação térmica e segurança alimentar em atividades externas.
- Hidratação e planejamento nutricional para trilhas e esporte em ambientes naturais.
- ADS e Técnico em Informática:
- Uso de aplicativos de navegação e registro de dados de campo de maneira responsável.
- Organização e comunicação de informações (mapas, rotas, fotos e anotações técnicas) e procedimentos de segurança digital em ambientes remotos.
Formação cidadã e sustentabilidade
Além dos conteúdos técnicos, a atividade reforçou valores de cidadania, participação, coletividade e inclusão social, integrando esporte, cultura e lazer a uma agenda de educação ambiental. A vivência contribuiu para:
- Compreensão do papel das unidades de conservação na proteção da Mata Atlântica.
- Reflexões sobre turismo responsável e impactos da visitação.
- Valorização do patrimônio natural e cultural do Vale do Ribeira, incluindo comunidades tradicionais.
Organização e colaboração
A atividade foi organizada pelo professor Carlos Fernando Barboza da Silva, com colaboração dos professores Roberto Bineli Muterle, Marcel Assis Roque e Felisberto Alves Ferreira Junior, além do apoio logístico e pedagógico de equipes do câmpus. As expedições contaram com condução e monitoria credenciadas no parque, atendendo às normas de segurança e conservação estabelecidas para a visitação.
Resultados educacionais
- Aprendizagem significativa em ambiente não formal, conectando sala de aula e campo.
- Integração entre cursos e turmas, com partilha de conhecimentos e colaboração.
- Ampliação do repertório cultural e científico sobre espeleologia, geodiversidade e Mata Atlântica.
- Desenvolvimento de competências socioemocionais: trabalho em equipe, planejamento, comunicação e tomada de decisão em campo.






Redes Sociais